domingo, 4 de abril de 2010



Há certas horas, que não precisamos de um amor.
Não precisamos da paixão desmedida.
Não queremos beijo na boca...
E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...
Há certas horas,
Que só queremos a mão no ombro,
O abraço apertado.
Ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...
Sem nada dizer...
Há certas horas,
Quando sentimos que estamos pra chorar.
Que desejamos a presença amiga,
A nos ouvir paciente.
A brincar com a gente.
A nos fazer sorrir...
Alguém que ria de nossas piadas sem graça.
Que ache nossas tristezas as maiores do mundo.
Que nos teia elogios sem fim...
E que apesar de fazer tudo para sentirmos úteis,
Nos seja de uma sinceridade inquestionável...
Que nos mande ficar quieto.
Ou nos evite um gesto impensado.
Alguém que nos possa dizer:
Acho que estás errado, mas estou ao teu lado...
Ou alguém que apenas diga:
Adoro você.

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